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Parcerias da Tectoy que renderam jogos exclusivos para o mercado Brasileiro

Parcerias da Tectoy que renderam jogos exclusivos para o mercado Brasileiro

A Tectoy foi a grande responsável pela distribuição dos videogames da SEGA no Brasil para a geração de 8 e 16 Bits. O sucesso atingido pelo Master System no Brasil, muito maior do que em qualquer outro mercado ao redor do mundo, só foi possível por conta da visão estratégica da Tectoy na distribuição e publicidade empregada em meados dos anos 80 e dos anos 90.

A molecada da época era bombardeada com conteúdo publicitários em forma de comerciais em horário nobre na TV, programas (de qualidade duvidosa) sobre jogos e consoles da Sega na TV Globo além das nossas queridas revistas “especializadas” da época.

Todo esse sucesso fez com que a empresa tivesse a oportunidade de lançar alguns jogos exclusivos para o mercado brasileiro através de algumas parcerias com nomes consagrados do entretenimento, como Maurício de Sousa Produções, Obras de Monteiro Lobato etc.

Durante essa incursão da Tectoy no mundo da criação de jogos tivemos jogos realmente bons, outros nem tanto. Jogos que foram adaptados apenas com troca de sprites e tradução para o mercado nacional. Também pérolas inéditas que só encontramos no Brasil.

Assim como as parcerias realizadas pela Tectoy esse texto é uma parceria inédita do Fliperama de Boteco com nosso grande amigo JP Moraes do Warpcast (warpcast.com.br) e Versus Podcast (vspodcast.com.br). Esperamos que gostem, porque estamos produzindo esse material com muito carinho para todos os nossos ouvintes e leitores.

Sem mais delongas, vem com a gente nessa viagem para conhecer um pouco mais sobre os jogos produzidos pela Tectoy para o nosso querido Master System.

Mônica no Castelo do Dragão (1991)

Esse jogo marca a primeira parceria entre a Tectoy e a Mauricio de Sousa Produções. O jogo é uma adaptação de Wonder Boy in Monster Land colocando a Mônica como protagonista, direto do Bairro do Limoeiro.

A estória do jogo foi adaptada e nela o Capitão Feio (Que só aparece na tela de título e é mencionado em alguns diálogos) está invadindo a terra dos monstros com seu exército de monstros do esgoto e cabe a nossa amiga dentuça impedir essa invasão.

O Mônica no Castelo do Dragão é exatamente igual a sua versão original alterando apenas o sprite do personagem principal do Wonder Boy para a Mônica. O jogo foi traduzido para o nosso português e teve seus diálogos adaptados para encaixar no enredo da versão brasileira.

Mônica conta com alguns elementos de plataforma e RPG. Possui dificuldade elevada, até mesmo para os padrões da época, mas ainda hoje é um ótimo jogo.

Como curiosidade de produção, inicialmente a Mônica usaria uma espada como na versão americana, mas o próprio Mauricio de Sousa vetou a sugestão da Tectoy na pré-produção e a espada foi substituída pelo emblemático coelho Sansão.

Turma da Mônica em O Resgate (1993)

Dois anos depois, Mônica retornou para a sua segunda aventura nos 8-bits e dessa vez o jogo utilizado como base para a adaptação foi Wonderboy III – The Dragon’s Trap. Essa aventura é uma continuação direta da anterior, porém havia um desafio um pouco maior para a equipe de adaptação: as transformações do protagonista.

Esse problema foi sabiamente contornado com a inserção dos outros personagens da turma. Dessa forma, Anjinho entra no lugar do pássaro HawkMan. Chico Bento e seu bacamarte no lugar do dragão LizardMan e assim por diante. Alguns personagens também deram as caras, mas não como personagens controláveis. Um desses casos é o do Cascão, que apesar de fazer parte do quarteto principal das historinhas, se ele entrasse na água em algum momento do jogo acabaria com toda a mitologia construída em cima do personagem e o fato de ele nunca tomar banho.

Depois de derrotar diversos dragões e adquirir todos os personagens, ao final do jogo temos a oportunidade de finalmente enfrentarmos e vencermos o Capitão Feio como chefe final.

O jogo original é muito elogiado até hoje por sua jogabilidade, elementos de RPG e mecânicas. Tanto que em 2017 ganhou um remake para as novas plataformas. Uma modificação criada por fãs para transformá-lo no jogo da turma da Mônica.

Chapolim x Drácula: Um Duelo Assustador (1993)

Parece que os cenários repletos de fantasmas, morcegos, múmias e passagens secretas do jogo Ghost House caíram como uma luva para o maior herói da américa latina de todos os tempos entrar no mundo dos games. Nesta adaptação, o jovem caçador de vampiros Mick é substituído por Chapolim Colorado e toda a sua astúcia na caça aos vampiros da Transilvânia.

O objetivo do jogo é conseguir derrotar todos os vampiros que estão trancados, dormindo nos caixões de cada fase. Para abrir cada um desses caixões é preciso derrotar inimigos durante a fase para que algum deles deixe uma chave cair.

O jogo apresenta um modo multiplayer, daqueles em que um jogador assume o controle quando o outro perde uma vida.

Apesar de o clima do jogo original ter uma pegada mais parecida com “Castlevania” do que com uma comédia, a própria presença do Polegar Vermelho já nos tira essa sensação e faz parecer que estamos assistindo a um episódio do seriado e que nosso herói foi chamado para resolver algum problema.

Além dos sprites do protagonista, foram modificadas também as cenas de introdução e de fim de jogo. O toque especial fica mesmo para a espada do herói original, substituída pela lendária Marreta Biônica.

Battlemaniacs (1993)

De toda a nossa lista, talvez este seja o jogo de menor qualidade lançado e isso tem uma explicação.

A Virgin Interactive era uma empresa que costumava fazer diversos ports e demakes, alguns deles para os 8-bits. Um deles foi este jogo baseado em Battletoads in Battlemaniacs, do Super Nintendo. Mas nesse caso, o seu desenvolvimento não chegou a ser finalizado e por isso o game não foi publicado pela própria Virgin.

Algum tempo depois, visando aumentar a biblioteca de jogos do Master System, a Tectoy adquiriu essa versão, que ainda precisava ser lapidada, e a publicou da forma como estava aqui no Brasil.

Alguns dos problemas apresentados pelo jogo são o sistema de colisão, que muitas vezes falha e o inimigo não é atingido, sprites apresentando muito o efeito de flicker e até mesmo ausência de música em uma fase inteira, sendo essa uma importante fase que faz rima com a clássica Turbo Tunnel, de Battletoads do Nintendinho.

Este não chega a transitar entre os piores jogos já lançados para o Master System, pois tem um bom level design e outras caraterísticas positivas herdadas da versão de 16-bits, além de que a experiência de jogá-lo conhecendo essa história o torna um título bastante interessante.

Fire & Ice (1993)

Talvez o jogo menos badalado dessa lista e com certeza o mais desconhecido.

Fire & Ice é um jogo de plataforma que inicialmente seria lançado pela Virgin no mercado Europeu para o Game Gear, mas acabou sendo cancelado. Uma versão para Amiga do jogo já havia sido lançada.

Por algum motivo desconhecido acabou chamando a atenção da Tectoy que conseguiu os direitos para lançar com exclusividade para os consoles Master System.

Em Fire & Ice controlamos um coyote em um jogo de plataforma com elementos de exploração, onde o objetivo é atravessar cada fase em busca de uma porta que te leva para o próximo mundo.

A jogabilidade é bastante simplificada temos apenas um botão de pulo e um de ataque. Todos os ataques do personagem são baseados em gelo. Existem alguns power ups espalhados pelo cenário que altera um pouco o formato e alcance dos tiros.

O jogo é bastante competente embora não possua sequer um enredo a ser explorado e acaba se tornando um pouco repetitivo com o passar das fases.

Uma versão para o Mega Drive quase foi concluída, mas nunca chegou a ser lançada para o console de 16 Bits da SEGA.

20 em 1 (1995)

Este cartucho veio como brinde do Master System III por um período de tempo. São 20 mini games criados e programados pela equipe da Tectoy, cada um deles com uma atividade diferente, como recolher objetos que caem ou rebater uma bola na parede com uma raquete.

Todos os jogos possuem um tempo e um placar de pontuação. O objetivo é sempre atingir uma pontuação mínima para receber uma mensagem de parabéns.

Alguns jogos são muito parecidos, mudando apenas os sprites, cenários e alguma pequena mecânica.

Pela simplicidade, podem até ser considerados bons jogos de entrada para crianças, mas não são capazes de prender a atenção de jogadores mais experientes por muito tempo.

Geraldinho (1995)

Geraldinho é uma versão infantil do personagem Geraldão, da tirinha de mesmo nome, criada pelo cartunista brasileiro Glauco Villas Boas. Algo de interessante nessa versão é que ela só foi lançada dez anos após Teddy Boy, jogo que serviu como base. Por esse motivo, apresenta um estilo de jogo um pouco ultrapassado para a sua época, mas que se enquadra perfeitamente com outros títulos de meados dos anos 80.

Cada uma de suas fases possui rolagem infinita e é composta por diversas plataformas e paredes. O objetivo acaba sendo derrotar os inimigos atirando projéteis e capturar rapidamente os objetos que eles deixam cair antes que eles se transformem em monstrinhos que comem um pedaço da barrinha de tempo que você tem para concluir cada fase.

É um jogo bem simples, mas que vai aumentando sua dificuldade gradativamente ao longo de suas 50 fases.

Sapo Xulé vs Os Invasores do Brejo (1995)

Sapo Xulé é um personagem brasileiro criado pelo ilustrador Paulo José e foi baseado na antiga cantiga de roda “O sapo não lava o pé”. Apareceu em diversas mídias nos anos 90 (Livros, Brinquedos, Animações, quadrinhos, entre outros) sempre com uma abordagem direcionada para a ecologia, um tema que estava muito presente em terras brasileiras por conta da ECO 92.

O Sucesso do personagem acabou atraindo a atenção da Tectoy e uma nova parceria que renderia alguns frutos foi firmada.

A Tectoy já tinha bastante experiência em adaptações de jogos estrangeiros para os nossos personagens e essa foi a abordagem utilizada para o Sapo Xulé. O jogo escolhido foi Psycho Fox e assim como nos jogos da Mônica tivemos alterações apenas de alguns sprites para os personagens principais encaixando assim os personagens do brejo.

No enredo que foi adaptado o terrível Sapo Boi sequestrou a Rãzinha cheirosa, namorada do nosso querido Sapo Chulé e cabe ao herói o resgate.

Sapo Xulé vs Os Invasores do Brejo é uma plataforma clássico com uma física peculiar e uma mecânica muito interessante que permite durante as fases trocar de personagem. Podemos jogar com os amigos do Sapo: Porcopum, Ratopulga e Tartafede, cada um com uma característica físicas diferente: Força, Salto e Velocidade respectivamente, alternando assim a jogabilidade de acordo com o personagem que estamos usando.

Como curiosidade esse jogo vinha com uma espécie de palmilha dentro da caixa que tinha o característico “Xulé” e fazia a alegria da garotada nos anos 90.

Sapo Xulé – O Mestre do Kung Fu (1995)

A segunda incursão do nosso amigo anfíbio foi no Japão se aventurando nas artes-marciais.

Dessa vez o jogo escolhido para a mais nova parceria da Tectoy foi Kung Fu Kid do longínquo ano de 1987 e outra vez a abordagem foi apenas substituir os sprites do personagem principal e adaptar o enredo.

Dessa vez o feiticeiro Naja com sua gangue de lutadores de Kung Fu invadiram o Japão com a intenção de dominar o país e é claro que nosso herói do brejo, o Sapo Xulé, não vai deixar que isso aconteça.

O jogo é simples, seguimos com o Sapo por entre diversos cenários do Japão enfrentando hordas de inimigos que se aproximam sem parar tentando atacar nosso personagem. A rolagem da tela é em sua grande maioria horizontal da esquerda para a direita, mas temos algumas fases que precisam ser avançadas verticalmente.

Ao avançar até o final de cada estágio temos uma batalha contra o chefe e aqui podemos aproveitar um pouco mais de variedades, já que cada chefe tem um padrão de ataque diferente.

Ao todo são 07 estágios, sendo o sexto apenas um Boss Rush com alguns chefões antes da fase final.

As mecânicas de Sapo Xulé – O Mestre do Kung Fu são mais simples que as do seu antecessor e talvez o capricho da Tectoy também. Nenhum dos inimigos fazem referências ao universo do Sapo, nem mesmo o chefe final.

O jogo é difícil, mas se for dominado dá pra terminar em pouco mais de 15 minutos.

Sapo Xulé – S.O.S. Lagoa Poluída (1995)

A terceira aventura do nosso amigo no Master System é um Shoot’em up e assim como seus antecessores é totalmente produzido a partir de um jogo já existente. O escolhido dessa vez foi o Astro Warrior.

Um pouco diferente dos antecessores a abordagem dessa vez trocou os sprites da nave original por uma nave temática do Sapo Xulé, mas pela primeira vez na franquia os sprites dos inimigos e também dos power ups foram alterados para fazer referências a sujeira e objetos que foram despejados na lagoa. A paleta de cores também foi alterada. Sai o preto do espaço no jogo original por um fundo verde para simular uma lagoa poluída.

A tela de título também foi alterada e tem uma bonita arte. Infelizmente esse jogo não tem um final. Ao derrotar a última nave invasora o jogo simplesmente entra em Loop e o jogador é levado novamente para a primeira fase do game mantendo apenas os seus pontos conquistados.

O enredo como na grande maioria dos jogos da época é bastante simples e relata a batalha do Sapo Xulé contra alguns cientistas que estão construindo usinas submarinas para processamento de lixo gerando energia barata, mas ao custo da polução da lagoa. Cabe ao Sapo salvar o dia novamente e evitar que isso aconteça.

É possível terminar o primeiro ciclo do jogo em pouco mais de 10 minutos percorrendo todas as fases.

Como curiosidade vale dizer que esse jogo foi lançado também em Portugal no ano de 1996 e não fazia nenhuma menção à Tectoy, tendo apenas informações sobre a SEGA. E em terras lusitanas esse jogo foi lançado como inédito, uma vez que Astro Warrior não havia sido lançado anteriormente no país.

TV Colosso (1996)

Um dos programas de TV mais queridos das manhãs dos anos 90 também teve sua vez nos jogos produzidos pela Tectoy. As Aventuras da TV Colosso adapta Asterix and the Secret Mission e traz todo o carisma da dupla Gilmar e Priscila, no lugar de Asterix e Obelix, respectivamente, para dentro do Master System.

Este é mais um jogo que teve um bom encaixe, tanto pelo tamanho e corpo dos heróis, quanto pelos inimigos romanos, que foram substituídos pelas pulgas azuis que estão gigantes e apresentam muitas variações. O jogo segue o estilo plataforma, com objetos que podem ser quebrados na pancada e lugares escondidos repletos de itens.

A estória do jogo é bem simples: JF está doente e para fabricar o remédio é preciso encontrar seis tipos de ervas diferentes, que estão espalhadas pela natureza.

Esse não foi o único produto com os personagens da TV Colosso feito pela Tectoy. O brinquedo Pense Bem também ganhou um livro de atividades com a turminha de quatro patas.

Férias Frustradas do Pica-Pau (1996)

Após diversos lançamentos estava na hora de um projeto um pouco mais audacioso. Férias Frustradas do Pica-Pau foi o primeiro jogo inédito produzido pela Tectoy após parceria com a Universal Studios. Pica-Pau já era um personagem consolidado e querido em terras brasileiras e um jogo do personagem na época não tinha como dar errado. Será?

O enredo do jogo nos apresenta a turma do Pica-Pau pronta para as férias de verão, quando uma última foto é tirada para recordação. Após o flash todos somem deixando apenas o Pica-Pau, que logo imagina se tratar de mais um plano do terrível Zeca-Urubu. Assim, nosso herói parte em busca do resgate.

Visualmente o jogo é bonito. Os sprites são legais e a paleta de cores é muito bem utilizada. No quesito áudio a Tectoy perdeu a mão. Férias Frustradas do Pica-Pau tenta emular as músicas clássicas do desenho amido, mas falha miseravelmente.

A jogabilidade também é um pouco confusa e o controle do personagem parece que não foi muito bem implementada. O Pica-Pau parece que salta em câmera lenta e o seu ataque utilizando bicadas é difícil de acertar. Erros imperdoáveis para um jogo de plataforma.

De qualquer forma é divertido percorrer cenários já conhecidos dos desenhos animados como as florestas, pensão do Leôncio (Que mais parece um labirinto), Polo Norte etc.

Os encontros com a turma do desenho também são divertidos, uma vez que já conhecemos os personagens e eles são muito bem retratados no jogo. A cada batalha com o chefe da fase um membro da turma é resgatado. Até a batalha final contra o Zeca-Urubu.

Férias Frustradas do Pica-Pau não chega a ser um bom jogo, mas está longe de ser um desastre. Teve versões para Master System e também para Mega Drive, mas foi lançado apenas no Brasil.

Castelo Rá-Tim-Bum (1997)

Mais uma parceria da Tectoy, dessa vez com a TV Cultura para a produção de um jogo inédito baseado na série de grande sucesso Castelo Rá-Tim-Bum.

Na estória do jogo Zequinha, uma das três crianças que visitavam o castelo a cada novo episódio da série, toma uma poção por engano e acaba voltando a ser um bebê. Podemos escolher se vamos jogar com o garoto Pedro ou com a Nina em busca de 4 ingredientes para que um antídoto seja feito e Zequinha volte a ser uma criança.

Infelizmente aqui a Tectoy errou a mão em todos os aspectos. O jogo graficamente é muito feio. Os sprites são mal feitos, o cenário praticamente não existe. Não é possível identificar quase nada na tela.

O som também não recebeu capricho nenhum e em nada lembram as belas produções da série de TV.

O jogo deveria ser um plataforma clássico com alguns puzzles a serem resolvidos, mas é difícil definir um estilo para ele. Nada parece se encaixar. Os movimentos são desengonçados e o jogador não sabe direito o que precisa ser feito em cada etapa do jogo.

Tudo parece ter sido feito de maneira arcaica, mesmo para a época. Nem mesmo os encontros com as figuras conhecidas do castelo como: Tíbio e Perônio, Mal, Morgana, ratinho do banheiro etc salvam o jogo do fracasso.

Sítio do Pica-Pau Amarelo (1997)

O Penúltimo jogo lançado exclusivamente pela Tectoy para o mercado brasileiro foi Sítio do Pica-Pau Amarelo através de uma licença para uso do nome da série de livros e TV homônimas.

A aventura começa quando a querida Tia Nastácia começa a passar mal e ao ser examinada pelo Dr. Caramujo descobre que está doente e precisa de um elixir para se curar, caso contrário entrará em um sono profundo por 100 anos.

Para conseguir os ingredientes para o elixir devemos escolher entre Pedrinho e a boneca Emília para seguir na jornada.

Ao contrário de seu antecessor, Sítio do Pica-Pau Amarelo é um jogo bonito e com gráficos atraentes. O mesmo não podemos dizer da qualidade sonora e mesmo da jogabilidade.

O jogo tem a proposta de ser um plataforma, com elementos de exploração, uma vez que temos caminhos diferentes a seguir e precisamos voltar algumas vezes em partes visitadas do cenário para conseguir todos os ingredientes para o elixir.

A diversão aqui é poder encontrar personagens conhecidos da série e consequentemente do folclore brasileiro como o Saci, Curupira e também a Cuca.

Por ter sido lançado quando o Master System já estava completamente obsoleto, pouquíssimas pessoas tiveram acesso a esse título e hoje em dia uma cópia completa com caixa e manual em bom estado vale uma pequena fortuna no Mercado Livre e também no Ebay para colecionadores estrangeiros.

Sítio do Pica-Pau Amarelo está longe de ser um bom jogo, mas também não chega a ser um fiasco total como Castelo Rá-Tim-Bum. Vale a pena conhecer hoje em dia, nem que através de vídeos de gameplay por conta da história dos videogames no Brasil.

Street Fighter 2 (1997)

Já haviam se passado 5 anos desde o lançamento de Street Fighter 2 para os fliperamas e a Sega não tinha interesse em trazer uma versão para o Master System. Foi então que a equipe da Tectoy começou a trabalhar nesse port por conta própria. Reaproveitaram sprites de Street Fighter 2 Special Champion Edition do Mega Drive, recriaram as mecânicas e adaptaram os cenários um pouco mais simplificados. O resultado final contou com oito, dos doze personagens originais (ficaram de fora: Vega, Zangief, Honda e Dhalsim) e impressionou os executivos da Capcom, pois o jogo foi apresentado como sendo uma versão para o Mega Drive. A princípio eles acharam a versão um pouco pobre, mas depois que souberam que se tratava de um Master System rodando aqueles gráficos não conseguiram acreditar. Outro ponto alto é a qualidade das vozes que anunciam os rounds e os resultados da luta.

É uma experiência diferente das outras versões, muito pela dificuldade em executar golpes especiais como um simples hadouken, mas que vale muito a pena pelo resultado alcançado em um console de 8-bits, 12 anos depois de eu lançamento.

 

Por fim!

Por fim, queremos saber!! Qual desses jogos você jogou?? Comente quais e suas experiencias para lermos no no Drops !!!

Postado por Guilherme Ferrari

Aqui é o Guilherme, GZ, hoster do podcast!

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