Análise: Vengeful Guardian: Moonrider
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Análise: Vengeful Guardian: Moonrider

Nem só de jogo velho vive o jogador retro. Mas quanto mais retro melhor! Vengeful Guardian: Moonrider é o novo jogo da Joymasher, desenvolvedora indie brasileira especializada em jogos que honram a nossa nostalgia. Esse é o quarto jogo deles, depois de Oniken, Odalus e Blazing Chrome.

Enquanto o último jogo, Blazing Chrome, era um Run N’ Gun que fazia reverência a jogos como Contra e Metal Slug. Moonrider é um jogo de ação e plataforma bastante influenciado por jogos das franquias Shinobi e Mega Man X, principalmente o X4.

História

Seu personagem principal é o que dá nome ao jogo, Moonrider. Em um futuro distópico, a sociedade é governada por uma ditadura em vias de enfrentar uma revolução. Você acorda como um dos guardiões criados para manter essa ditadura no poder, mas de alguma forma não sabe bem em que lado está e acaba se virando contra seus criadores em busca de respostas e precisará enfrentar os outros guardiões, tão poderosos quanto você.

Estrutura do jogo

Tal qual na série Mega Man X, você vai passar por um estágio introdutório e em seguida poderá escolher o seu caminho, onde você pode optar por seis fases diferentes com subchefes e um guardião (o chefão) à sua espera no final.

As fases são variadas e cada uma tem um tema, como laboratórios, cidades, frotas de aeronaves, ruínas, etc. Em cada fase você deve procurar por segredos, os módulos de poder, que irão te dar vantagens, como pulo duplo, recuperar vida ao matar inimigos e espada com maior alcance, entre outros. Você só pode equipar dois desses módulos por vez, o que faz com que você tenha que decidir o que é mais interessante para o seu estilo de jogo.

Após passar das seis primeiras fases, você irá para a fase final, onde enfrentará Sunseeker, o último guardião, que possui técnicas quase idênticas às suas.

 

Jogabilidade

Aqui é onde o jogo brilha. Os controles são afinadíssimos. Seu ataque principal é com a espada, em uma sequência de três golpes. Além disso você tem uma voadora estilo Robert Garcia (o.k. a referência é Shinobi, mas eu quis ser diferentão), onde você vai “quicar” no inimigo. Esse é um ataque muito satisfatório quando você consegue executá-lo bem.

Além dos ataques normais, você tem também um ataque especial que gasta “magia”. Você já começa com um desses ataques e, no estilo Mega Man, adquire novos especiais ao derrotar os guardiões. O ataque inicial já é um dos melhores. Eu explorei um pouco os outros, mas honestamente, acabei usando sempre os mesmos. O que mais gostei foi o Dark Portal – além de ser visualmente bacana, ele dá vários hits nos inimigos e é muito útil em chefes.

Você também pode correr dando dois toques em uma direção ou segurando um botão específico (no switch, o ZR). Aqui eu gostaria de poder desabilitar a corrida com dois toques, pois isso me atrapalhou em alguns momentos. Na verdade, pulei o tutorial e levei algum tempo para descobrir que era possível correr segurando um botão, mas isso facilitou muito o jogo para mim! Depois disso, não consegui mais jogar sem ela. Virou Mario, jogando sempre com o botão de corrida apertado.

A corrida, além de deixar o jogo mais dinâmico, é essencial para que o seu pulo tenha o alcance necessário em alguns momentos, e também para executar um espadada mais forte, mas que que te deixa um pouco vulnerável.

Em alguns momentos específicos, o estilo do jogo passa a ser um tipo de shoot’em up, mas você está em uma moto (que você pode empinar, só pela zueira), com uma visão estilo jogo de corrida. E estilo diferente dá uma refrescada bem vinda na jogabilidade durante o jogo, mas foi explorada em apenas dois momentos.

Dificuldade e Duração

No começo estava achando o jogo difícil e o progresso um pouco lento, mas definitivamente isso mudou depois que descobri a corrida (segurando um botão) e peguei experiência. A curva de aprendizado foi relativamente rápida, mas levei umas duas horas tomando surra pra me adaptar. Até o momento, terminei o jogo duas vezes já e pra ser honesto, já estou achando o jogo fácil, diferentemente de Blazing Chrome, onde até hoje tomo pau.

Moonrider tem uma barra de vida, mais uma vez, no estilo Mega Man, e te dá ítens de recuperação de vida e magia de forma generosa.

Os chefes parecem difíceis no começo, mas depois de pegar os padrões, ele já se tornam relativamente tranquilos. Caso você perca todas as vidas, você pode optar por um continue, a parte boa é que ele não te leva ao início da fase, mas até um checkpoint, então não é tão punitivo.

Se você estiver com dificuldade, depois do primeiro game over você vai ganhar um módulo que diminui o dano, mas também faz com que você não consiga um bom ranking na fase. Já por outro lado, se você estiver achando fácil o jogo, existe um módulo que faz com que você morra com apenas um ataque (nem me arrisquei a tentar).

A duração do jogo talvez seja o maior ponto de crítica, já que ele dura em torno de duas horas. Pra mim isso não é um problema, já que gosto de jogos curtos. Além disso, é o tipo de jogo que você pode tranquilamente pegar pra jogar quando tiver pouco tempo e não quiser começar um jogo novo.

Veredito

Moonrider é definitivamente um jogo que vale a pena pra quem curte retro games. A jogabilidade é excelente, gráfico e som são um primor! Apesar da curta duração, ele tem tudo pra se tornar um jogo que você vai querer jogar várias vezes e voltar à ele depois de algum tempo.

Que venham mais jogos no estilo retrô como Moonrider!

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