Salve Botequeiros? Tudo bem com vocês? Hoje vou trazer para vocês uma análise daquele jogo de Mecas, que comentei no FDB #169 – Metal Warrios, para NES 8 bits. Então, o hoje de hoje é: Metal Storm: um lindo jogo de Mecas em 8 Bits.
Pra começar, vocês sabem o que é um Meca?
O termo Mecha, ou Meca, ou Meka vem do inglês Mechanical, que significa Mecânico. Os Mecas, ou Robôs Gigantes, como são conhecidos no Brasil, são máquinas de guerra geralmente bípedes que podem ser tripuladas ou não e são comumente encontradas em obras de ficção científica, animes e mangás. Geralmente são antropomórficos, ou seja, se assemelham ao formato humano, mas também é comum encontrar Mecas inspirados em formas de animais.
Conforme foi falado no cast, o game Metal Warriors de 1995 para SNES, feito pela Lucas Arts, pode ser encarado como um sucessor espiritual, uma continuação não oficial do Game Cybernator (Assalt Suits Valken), também de propriedade de sua publisher: a Konami. Mas a pesar de algumas semelhanças como o formato dos robôs, a trama e ainda uma feature de inversão de gravidade, Metal Warriors e Assalt Suit Valken não tem qualquer ligação com o game Metal Storm do Nes.
Metal Storm foi desenvolvido pela Tamtex e publicado no longínquo ano de 1991 pela Irem America Corp., que também é mãe de R-Type e Holy Diver, primeiramente no território americano e em 1992 no japão sob o nome de Jūryoku Sōkō Metaru Sutōmu. Trata-se de um jogo de ação e plataforma simples e muito bem executado com a temática de robôs gigantes.
Para salvar a terra e derrotar os inimigos, o jogador toma o controle da máquina de guerra M-308 Gunner: um robô gigante atirador.
Especulando um pouco, posso sugerir que esses três jogos beberam muito da mesma fonte, digo, se inspiraram em Gundam que é uma das maiores séries de ficção cientifica japonesa que tem como características a temática Meca e um universo extremamente rico elaborado pelos seus criadores Yoshiyuki Tomino e Hajime Yatate.
Fato Nerd: Segundo a Games FAQ, o M-308 Gunner de Metal Storm tem a altura de 9 pés, ou seja, certa de 2,7 metros. Conta com um gerador de energia de 1300 kw que empurra cerca de 1 tonelada que é seu peso. Portanto, o M-308 parece mais com um exoesqueleto parrudo do que um Megazord como o Nitro do Metal Warrios, por exemplo.
A História
No ano de 2501 a humanidade ja havia colonizado todo o sistema solar e para defesa construiu uma arma de proteção contra raças alienígenas hostis e o posicionou em plutão. Uma pane nos sistemas ocasionou um comportamento não previsto. Esta arma começou a destruir o sistema solar. Tentativas de acionar o mecanismo de auto-destruição remotamente a partir da base falharam e não se sabe o motivo. Como ultima esperança do povo da terra, nosso herói vai a bordo do mais sofisticado armamento disponível: o M-308 Gunner até plutão onde deve ativar a auto destruição do Super Laser que está em mal funcionamento.
Jogabilidade
A jornada consiste em seis fases com dois atos cada uma e uma boss battle. Nestas fases você tem que derrotar robôs e criaturas cibernéticas e vencer os desafios de plataforma, no melhor estilo Megaman e contra, mas com a dinâmica de 1 hit kill, coisa que não faz muito sentido pois quando pensamos em robôs gigantes, imaginamos que eles sejam muito parrudos e aguentem o tranco, mas funciona bem em seu contexto.
A jogabilidade é pautada no grande diferencial deste jogo: a habilidade do robô de inverter a gravidade. Acionando para cima e o botão de pulo, inverte-se toda a orientação do jogo. Puzzles de plataforma e maneiras de derrotar os inimigos são pensadas para que o uso desta habilidade seja bem natural e contínuo no game. Ou seja, tu vai virar de ponta cabeça pra caramba!
Para facilitar a vida, temos espalhados pelas fases os tão queridos power-ups. São eles:
- Upgrade de Tiro – Aumenta a área atingida por seus tiros.
- Armadura – Permite que você tome um Hit extra sem morrer
- Formato flamejante ao inverter a gravidade – Transforma o ato de trocar a gravidade em possibilidade de ataque à inimigos através de uma forma de bola de fogo.
- Escudo de Força – Te defende de balas e melee mas não de lasers.
- Crusher – Mata todos os inimigos visíveis em tela
Além desses ainda temos pontos extras, tempo extra e vida extra.
Disclaimer
Os gráficos e som deste game são bem decentes e impressionam por estar rodando em um console de 8 bits. Detalhe especial para a paleta de cores característica do NES, mas mesmo assim é um game bem bonito.
O “controlinho na mão” (ou resposta e jogabilidade, como preferirem) é muito responsivo e esta redondo até hoje. Você não vai, por exemplo, tomar aqueles hits que te jogam para trás e te derrubam no buraco, muito comum nesta geração de jogos. Como todo jogo de NES, a dificuldade não é baixa, mas apesar de não ser um jogo tido como difícil, os estágios finais requerem muita habilidade. Save State ajuda muito na jogatina 😉 A trilha sonora também é muito legal empolga durante a jornada, ouça clicando aqui . O único ponto negativo é que dentre os itens de ataque, ou você usa o upgrade de tiro ou usa a forma flamejante durante a troca de gravidade.
Caso queiro o jogo, prepare a carteira. O Metal Storm chega na casa dos R$ 3000,00 no eBay.
Finalizando, é um jogão que merece ser jogado! Mais uma jóia escondida deste console tão querido.
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