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Beat’em Up Desconhecidos

Beat’em Up Desconhecidos

Os jogos Beat’em up fizeram a cabeça da garotada por muitos anos antigos fliperamas nesse mundo a fora. Centenas de jogos nesse estilo foram lançados nos anos 90 por diversas produtoras. Entretanto muitos deles não tiveram o mesmo sucesso e fama de jogos como Tartarugas Ninja, Cadillacs & Dinossauros, Captain Commando, Os Simpsons etc. E foi justamente pensando nisso que eu tive a ideia para esse artigo. Apresentar games Beat’em Up Desconhecidos que podem ter passados desapercebido de nós jogadores por conta de outros jogos mais aclamados.

Vale ressaltar aqui que um jogo que não fez sucesso ou é pouco conhecido não necessariamente é um jogo ruim. E a prova disso está logo a seguir: Cinco jogos de arcade no estilo Beat’em up que merecem ser conhecidos e jogados. Então tá na hora de vestir a sua camiseta básica branca da Hering e sua velha calça jeans, ou aquele vestidinho curto e salto alto, estocar alguns frangos encontrados nas latas de lixo, e principalmente entupir os bolsos de fichas porque o Fliperama de Boteco está aberto!!!!

5ª – Dynamite Düx

Lançado pela SEGA em 1988 para os arcades o jogo conta a história de dois patos de estimação, isso mesmo, patos que usam gravatas borboletas e sapatos, chamados Bin e para resgatar sua dona Suoy, que sem nenhum motivo aparente foi sequestrada por um terrível ser desconhecido que surge entre as sombras em um lindo dia ensolarado enquanto eles se divertiam no parque.

Os gráficos e a direção de arte, bem como a trilha sonora são os destaques de Dynamite Düx. Tudo é muito colorido, com desenhos simples e com estilo cartoon. Isso sem contar a trilha sonora que é muito bem produzida com músicas agradáveis e que ficam em nossa mente por horas.

Dynamite Düx permite até dois jogadores simultâneos na partida. A jogabilidade é simples como na grande maioria dos jogos de Beat’em up. Um botão de ataque e um de pulo. As diferenças começam com o ataque carregado que pode ser usado. E também a grande maioria de inimigos, com exceção dos chefes de cada tela, podem ser mortos com apenas um acerto.

Outro diferencial é que não é necessário eliminar todos os inimigos para evoluir pelas fases. Alguns inimigos simplesmente passam por você e acabam indo embora. Algo pouco comum para o estilo.

Beat’em Up Desconhecidos - Dynamite Dux
Beat’em Up Desconhecidos – Dynamite Dux

4ª – B.Rap Boys

O jogo foi lançado pela desconhecida Kaneko em 1992. B.Rap Boys conta a jornada de três rappers que se cansaram da violência em sua cidade e partem em uma missão para destronar o chefe do crime organizado fazendo justiça as margens das leis.

O jogo é muito dinâmico e muito dessa velocidade pode ser atribuído aos meios de locomoção dos personagens. Em diversos momentos do jogo utilizamos bicicletas, patins e até mesmo um skate.

Outro diferencial de B.Rap Boys é que a batalha final contra o chefe do crime não permite continues instantâneos em caso de Game Over. Ou seja, se perder a ficha pode até começar novamente da ultima batalha, mas ela volta desde o começo do embate. B.Rap Boys permite até três jogadores simultâneos na tela e é uma ótima pedida para alguns minutos de diversão com aquele seu player 2 favorito.

Como não poderia ser diferente a trilha sonora e os efeitos sonoros com vozes em samples são o grande diferencial aqui. Mas os gráficos também não ficam atrás. Tudo é muito bonito e fluído.

 

Beat’em Up Desconhecidos - B.Rap Boys
Beat’em Up Desconhecidos – B.Rap Boys

3ª – Arabian Fight

Lançado pela SEGA em 1992 com temática árabe o jogo conta a história de quatro bravos heróis na luta contra o terrível Sheik Sazabiss que pretende dominar o mundo além de que, veja você, sequestrou a linda princesa Lurana. Um abraço para o Prince of Persia.

Arabian Fight está na lista porque é muito divertido e também porque a perspectiva visual do jogo é bem diferente. O jogo apresenta uma sensação de profundidade aumentando e diminuindo o tamanho dos sprites dos personagens conforme se aproximam ou se afastam da tela.

Graficamente o jogo é lindo. As animações são as melhores que eu já vi em um jogo nesse estilo. O carinho dos desenvolvedores e artistas pode ser percebidos a cada vez que usamos uma magia e o personagem é exibido próximo a tela em detalhes em uma rápida animação.

Inimigos saltam da tela para dentro do jogo para te atacar e isso para a época era surpreendente e até hoje continua sendo muito bonito.

A trilha sonora é mediana e a jogabilidade poderia ser um pouco mais fluída. Arabian Fight é divertido, mas está na lista principalmente por sua beleza e perspectiva diferente de qualquer outro jogo no estilo.

Permitindo até quatro jogadores ao mesmo tempo Arabian Fight é ideal para mostrar para aquele seu amigo que pensa que conhece todos os jogos Beat’em Up.

Arabian Fight

2ª – Hook

Lançado pela pouco conhecida Iren em 1992 o jogo é uma adaptação do Filme de mesmo nome com a participação do saudoso Robin Williams.

Com suporte para até quatro jogadores (Peter Pan, Rufio, Ace e Thudbutt) conduzimos os garotos perdidos pela terra do nunca retratando as aventuras do filme contra o temido capitão Gancho.

A aparência de Peter é inspirada em Robin Williams, mas por conta da limitação da época é preciso usar um pouco da imaginação aqui para notar essa semelhança.

Com todos os elementos clássicos de um bom Beat’em Up Hook apresenta em sua jogabilidade a sua melhor cartada. É agradável controlar Peter e os garotos perdidos pelo cenário. Os golpes desferidos contra os piratas realmente aparentam ter peso.

A música é agradável, mas os efeitos sonoros deixam um pouco a desejar.

Os destaques aqui ficam por conta da temática pirata, pela representação do filme e claro pela batalha final contra o Capitão Gancho.

Hook

1ª – Night Slashers

Já imaginaram um Beat’em Up clássico de Castlevania? Pois bem, Night Slashers chega bem perto!

Lançado em 1993 pela Data East para os arcades Night Slashers é um clássico Beat’em Up com temática de terror. Temos todos os elementos aqui: Vampiros, Lobisomens, Múmias, Zumbis etc.

O jogo mostra o trajeto de Jake: um caçador de monstros, Christopher: um lutador marcial e caçador de vampiros e Zhao: uma praticante de magia na jornada para deter o rei Zarutz, uma entidade maligna que pretende transformar o mundo em um reino de morte.

Visualmente o jogo impressiona. Temos sangue, vísceras e inimigos que literalmente derretem quando derrotados.

Diferente do que vimos em Splatterhouse (Ouça nosso Podcast aqui FDB #132) a jogabilidade é fluída. Os clássicos comandos de ataque e pulo, mas aqui temos um elemento adicional: Um ataque carregado.

O mais divertido nesse jogo além de percorrer cenários clássicos de filmes de terror é buscar as referências a esse universo que o jogo apresenta a todo momento na tela, como por exemplo capangas com uma mascará que lembra muito a usada por Jason Vorhees nos filmes de Sexta-Feira 13.

O jogo suporta até três jogadores ao mesmo tempo e é uma ótima pedida para uma noite fria e chuvosa.

Nisht Slashers

Considerações Finais

Diante de centenas de jogos lançados durante a chamada era de ouro dos arcades, uma das maiores diversões é garimpar o acervo em busca bons jogos e que acabaram não recebendo a devida atenção.

Eu particularmente me divirto muito percorrendo minha biblioteca do MAME procurando pérolas como essas registradas logo acima. Deixo aqui minha recomendação para que vocês façam exatamente a mesma coisa e sempre busquem coisas novas de qualidade.

E pra finalizar eu queria fazer uma menção honrosa ao jogo Ninja Baseball Bat Man que não entrou nessa lista porque já temos uma análise completinha no nosso boteco e você pode conferir ela clicando aqui. Também já gravamos um podcast com assunto parecido Fliperama de Boteco #36 – Beat ’em up Obscuros.

Deixem nos comentários jogos que vocês gostam e que são pouco conhecidos. Pode ser de qualquer plataforma.

Postado por Guilherme Ferrari

Aqui é o Guilherme, GZ, hoster do podcast!

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