Salve meus queridos amigos! No texto de hoje vamos dar uma dica de como extrair a melhor imagem possível da sua TV de Tubo (ou CRT) para uma jogatina com seus consoles antigos, ou seja, vamos elevar o poder da imagem de sua TV ao infinito e além no limite é claro de sua originalidade. – Sim! existem Mods a serem feitos na TV para tunar ela mais ainda, mas isso é um papo para outro artigo.
Para cumprir este objetivo, vamos utilizar uma TV de tubo com entrada Y Pb Pr, mais conhecida como vídeo componente; um cabo SCART para extrairmos o sinal RGB do vídeo-game e uma placa conversora de SCART para Y Pb Pr.
O SCART e o RGB
Primeiramente, o RGB é a forma mais pura de sinal que conseguimos extrair dos nossos consoles antigos analógicos. A sigla remete as cores: Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul). A mistura dessas cores vai derivar todas as outras que seu console pode suportar. O Sinal RGB é composto de 4 partes: o RED, o GREEN, o BLUE e o sinal de sincronismo conhecido como SYNC.
Cabe lembrar que RGB não tem nada a ver com a resolução, mas sim com a pureza de sinal que a imagem é montada.
Vimos no artigo sobre as possíveis conexões de vídeo do SNES que o conector europeu chamado SCART é a maneira mais simples de se extrair o sinal RGB dos nossos consoles antigos. Alguns necessitam de um pequeno Mod mas a maioria consegue entregar o desejado sinal sem qualquer tipo de modificação.
Apenas para relembrar, aquele cabo RCA que você usa, o vídeo composto, carrega essas quatro informações (RGB + SYNC) no mesmo cabo e para que isso seja possível, o sinal é convertido e compactado, por isso temos essa diferença gritante quando experimentamos o sinal RGB todo separadinho.
Alguns consoles que entregam o RGB via SCART sem modificação:
- Master System (infelizmente o da Tec Toy não)
- Genesis / Megadrive
- Super Nintendo / Super Famicom (modelo 1)
- Neo Geo AES / CD
- Atari Jaguar
- Saturn
- Playstation / Psone
- Dreamcast
- Playstation 2
Alguns que necessitam de modificação para isso:
- Nes / Famicom
- PC Engine
- Nintendo 64
- Master System
- Game Cube
- Atari 2600
A placa conversora RGB x YPbPr
Infelizmente, nas Américas, as TVs não adotaram a conexão SCART em seus padrões. Normalmente encontramos as conexões (da pior para a melhor): RF, Video Composto, S-video e Video Componente (YPbPr). Portanto, vamos focar em uma TV que possua a entrada de Vídeo componente, que é a melhor encontrada em nossas TVs domésticas.
A missão desta plaquinha é converter o sinal RGB da conexão SCART e entregá-la na conexão de Video Componente. – Sim, ainda existe perda neste processo, por isso, este tipo de conexão não é recomendada para o uso de Scallers, multiplicadores de linhas (para entrega em TVs modernas) ou em conexões com PVMs (monitores profissionais analógicos), mas para a tubo, torna-se impossível detectar qualquer perda neste processo de conversão. Então vai ter uma imagem estupidamente linda.
Para efeitos de contexto, o Y Pb Pr em uma análise simplista, divide a imagem em 3 componentes : 2 de cor: azul (Pb) e vermelho (Pr) somados a um de luminância (Y). O sync pode ser enviado por um ou mais cabos neste modelo.
Após algumas pesquisas, acabei adquirindo esta placa conversora da Games Care. As expectativas foram superadas: além da placa ser muito bem construída, o Fábio, dono da loja, foi extremamente atencioso e prestou todo o suporte que precisei. Uma outra vantagem desta placa é que ela entende vários tipos de sinal de sync: desde o Sync on composite (o mais sujo) até o C-Sync. Existem alternativas nos sites chineses, no e-bay e também fiquei sabendo que o Neto faz este tipo de hardware também.
Bom, vamos aos resultados???
Apesar das fotos não demonstrarem com fidelidade as imagens, é sempre legal ver uns comparativos, não acham? Seguem umas imagens, não com a intenção de induzir ao erro, mas como curiosidade mesmo. O ideal mesmo é ver estes tipos de teste ao vivo e com os próprios olhos.
[twenty20 img1=”6482″ img2=”6481″ offset=”0.5″ before=”RGB” after=”Composto”]
[twenty20 img1=”6480″ img2=”6479″ offset=”0.5″ before=”RGB” after=”Composto”]
[twenty20 img1=”6474″ img2=”6473″ offset=”0.5″ before=”RGB” after=”Composto”]
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[twenty20 img1=”6911″ img2=”6910″ offset=”0.5″ before=”RGB” after=”Composto”]
Em linhas gerais, podemos destacar algumas características em comparação a conexão via vídeo componente: Nitidez: Nos textos nota-se muito facilmente e em alguns casos, como no PS1, o efeito foi semelhante a um míope colocando seus óculos. 😂
Contraste de Cores: acabamos vendo uma variação maior nas cores em relação a conexão mais simples, ou seja, as cores são mais vibrantes e se diferem mais uma das outras. Na conexão via vídeo composto me pareceu que tudo fica sob um filtro amarelo por cima.
Artefatos em tela somem: sabe aquela linhazinha que sobra? Uns pontinhos vermelhos, uma sujeira na tela provocada pela interferência nos cabos? Ela some!!!! Bom, espero que tenham gostado, deixem sua opinião, sugestões etc. O comentário é o salário do colunista!!! Então escreve aí!! Braxxx