in

The Karate Kid: The Video Game – Análise

Karate Kid: The Video Game - Análise

Salve meus amigos do Fliperama! Tudo bem com a vossa senhoria? Confesso que vos escrevo motivado pelo anuncio de lançamento da terceira temporada e confirmação da quarta temporada de “Cobra Kai” na Netflix. Esse barulho todo sobre essa serie surgiu quando a Netflix portou as duas primeiras temporadas para seu serviço de streaming e prometeu uma terceira. Originalmente, Cobra Kai foi estreada em 2018 no youtube Premium.

A série é uma continuação, nos dias atuais, da franquia Karate Kid estrelada por Ralph Maccchio e Pat Morita porém, ela decorre sob a ótica do antagonista do primeiro filme, Johnny Lawrence, interpretado por William Jabka. Tudo isso numa trama mais bem elaborada, onde exploram as áreas cinzentas do enredo original onde nada é tão preto no branco, ou seja, não existe o totalmente bom e o totalmente mal. E isso regado à muita nostalgia, humor e emoção.

E motivado pelos eventos do fim da segunda temporada, lógico que eu queria saber mais, quem voltaria para a terceira temporada, quando sairia, queria ver algum material de entrevista dos atores e assim acabei entrando para alguns grupos de discussão gringos no Facebook e Twitter. Pude ver teorias, entrevistas, muito material legal,

mas o que me chamou atenção mesmo foi a publicação dos fãs mostrando itens dos seus acervos pessoais. Apareceram bonsais, camisetas do Cobra Kai, e a coisa foi ficando mais íntima, pessoas mostrando seus antigos Kimonos de karatê, mostrando suas faixas guardadas a muito tempo como tesouros esquecidos, também apareceram walkmans, dvds e vhs do Karate Kid, discos de vinil do Peter Cetera com a “Glory of Love” e um último item que eu achei fantástico: algumas pessoas postando foto do cartucho KARATE KID do Nintendo!!!!

Para se ter uma ideia do tamanho da força do NES nos Estados Unidos na época, o termo NINTENDO virou sinônimo de videogame, uma metonímia, tanto que até a própria série Cobra Kai retrata isso quando Lawrence vai a uma loja de penhores com seu Atari e pergunta: “Quanto vale este Nintendo?”.

Neste momento eu lembrei deste jogo e claro, fui dar minha pesquisazinha. E a primeira coisa que meus olhos viram foi aquele Arco Iris da LJN, aquela Publisher conhecida por lançar jogos com qualidade duvidosa e frequentemente massacrada pelo canal Cinemassacre no quadro do Angry Video Game Nerd.

A LJN era uma fabricante de brinquedos que brilhou produzindo produtos voltados a cultura pop, por exemplo os bonecos do Thundercats. Em certo momento ela descobriu que poderia ganhar muito dinheiro com jogos, principalmente na época do NES e FAMICOM que estavam fazendo grande sucesso e uma oportuna fusão com a MCA (dona da Universal Pictures) colocou à disposição da LJN uma vasta quantidade de licenças e propriedades intelectuais de filmes a serem trabalhadas com games. Porém com a pressa e para não perder o Timing do negócio, não houve produção intelectual no sentido de agregar grandes conhecimentos no desenvolvimento de games; a maioria dos projetos era terceirizado com condições de tempo de produção e orçamentos super limitados ou simplesmente a LJN publicava jogos de desenvolvedoras menores.

Então, The Karate Kid é um jogo de Nintendo (NES) de 1987 publicado pela tão falada LJN porém desenvolvida pela Atlus que hoje é conhecida por Shin Megami Tensei, Persona e Catherine.

O game traz o enredo do segundo filme, com uma jogabilidade bem simples lembrando a progressão lateral em 2d de Kenseiden: seguir da esquerda para a direita derrotando hordas de inimigos com alguns desafios de plataforma mas numa pegada Black Belt (versão americana de Hokuto no ken) usando socos e chutes. Socos e chutes especiais podem ser executados coletando as letras “C” (Crane Kick) e “D” (Drum Punch).

As áreas Bônus são minigames de desafios que Daniel Sam tem que completar: Equilíbrio – enquanto desvia de um martelo se equilibrando em uma pequena plataforma sob a água; “um homem que pega uma mosca com paus (Hashi) pode fazer qualquer coisa” então este é mais um dos bônus e o ultimo, sobre a lição de Foco que é quebrar as barras de gelo. Estes bônus nos premiam com Power Ups de Crane Kick e Drum Punch e podem ser encontrados nas portinhas durante as fases.

No total temos 4 fases apenas. Na primeira temos o campeonato de All Valley que é o clímax do primeiro filme. São 4 lutas e a ultima provavelmente é contra o Johnny Lawrence.

Na segunda fase, Daniel Sam está em Okinawa, palco da trama de Karatê Kid 2, e deve enfrentar vários inimigos até encontrar Chozen. Nesta fase começam a aparecer as portinhas para as áreas Bônus.

A terceira fase é uma variação da segunda, porém com muito vento e alguns desafios de pulo. O vento traz objetos que voam dificultando a progressão. O final é mais uma batalha com Chozen mas pode ser evitada apenas salvando a garota presa no poste.

No quarto e ultimo ato, os inimigos ficam mais fortes necessitando dessa vez de dois hits para serem derrotados. Na batalha final contra Chozen, Daniel deve encostar em Fumiko que está presa para evitar que ela se afogue enquanto derrota o oponente.

Claro, não é um jogo clássico do NES, nem figura as lista dos melhores jogos. Talvez tenha envelhecido mal e seja um tanto difícil de jogar nos dias atuais, dado que é perceptível que em sua época já não era um exemplo de polidez e capricho no desenvolvimento. Porém, o apelo nostálgico torna um jogo muito interessante de se conhecer, principalmente se você é fã de Karate Kid. E sério? Duvido que uma criança que tivesse acabado de assistir os ensinamentos do Mestre Myiagi no cinema e chegasse em casa para jogar no seu NESo videogame mais legal da época – o jogo do Karate Kid com Daniel Sam, não achasse isso menos que O MAXIMO!

 

Postado por Renato Guardia

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

Fliperama de Boteco #236 - Kid Chameleon

Fliperama de Boteco #236 – Kid Chameleon

No ar o nosso novíssimo podcast: Bora pro Fliper! Nesse episódio, Rodrigo Reche e Dr. Marcos Melo, comentam sobre os preços da nova geração de console, como eram os valores no lançamento de consoles das gerações passadas, será que o nosso amado hobby está ficando ainda mais caro?

Bora Pro Fliper #17 – Videogames um hobby caro?